Altmann enfatiza a unidade nos 60 anos do CMI

26/03/2008


“Perseverança no empenho em favor da unidade” foi o tema central abordado pelo pastor presidente da IECLB e moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Walter Altmann, ao dirigir-se ao Comitê Central, em Genebra (Suíça), no dia 13 de fevereiro. Nesse ano em que o CMI celebra o seu 60.o aniversário, Altmann afirmou, ecoando afirmação contida na mensagem da assembléia constitutiva: “É nosso firme propósito permanecermos juntos”.

O documento produzido pelo pastor presidente da IECLB e moderador do CMI relembra marcos do movimento ecumênico e a própria história do Conselho, em que reiteradamente se afirmou o compromisso da unidade, por meio de inúmeros documentos e ações. A mais recente foi a realização da IX Assembléia Geral em Porto Alegre (RS), em 2006, quando o CMI adotou a declaração intitulada “Chamados a ser uma Igreja una”, como “um convite às igrejas a renovarem seu compromisso com a busca da unidade e a aprofundarem seu diálogo”. “Ela enfatiza o compromisso em prol da ‘unidade visível plena’, a ‘ser unida em rica diversidade’, a importância da proclamação do evangelho, que através do batismo ‘nós pertencemos uns aos outros’, dizendo ainda que ‘a missão é parte integrante da vida da Igreja”, confirmou Altmann..

Por que relembrar textos referenciais de história, visão e compromisso do CMI? “Muitas questões têm sido levantadas e dúvidas expressadas, tanto de fora quanto de dentro de nossos círculos, sobre nosso peregrinar conjunto. Quanto ele tem sido conjunto realmente? Até que ponto nos entrincheiramos em nossas fronteiras confessionais ou institucionais, não estando realmente abertos à contribuição do outro?”, questionou Altmann. “Não estamos por demais preocupados conosco mesmos, portanto nos tornando incapazes de prestar o indispensável serviço de testemunho e amor aos demais? Nossa voz profética não ficou bastante fraca? Não ‘profissionalizamos’ o compromisso ecumênico ao risco de perder sua paixão original? Estamos realmente ouvindo o que o Espírito Santo está testificando e revelando ou estamos apenas repetindo nosso próprio velho discurso?”

As questões são muitas, junto com um atual cenário religioso profundamente alterado e constantemente em transformação por todo o mundo. A secularização se expande continuamente em países que antigamente eram chamados de “terras cristãs”. Há aquelas pessoas que consideram que o movimento ecumênico se tornou irrelevante. “Elas devem ser respeitadas, ouvidas e suas críticas tomadas como desafios. Mas do que o movimento ecumênico mais necessita é de pessoas que estão aptas a perseverar”, avaliou Altmann.

É preciso reafirmar que o diálogo teológico, a missão e a diaconia são parte integrante do ser igreja. O fato de que a abordagem “holística” é hoje reconhecida por todas as igrejas, mesmo por igrejas evangelicais e pentecostais que não são membros do CMI, é um notável êxito do movimento ecumênico. “Reafirmamos a busca por unidade visível como o núcleo de nosso peregrinar conjunto, que não podemos colocar de lado. Repetindo, a importância de alcançar a unidade é hoje reconhecida não apenas por nossas igrejas, mas também por igrejas evangelicais e pentecostais, como evidenciou o Fórum Cristão Global, realizado em Limuru, Quênia, em novembro de 2007”.

O documento completo, elaborado pelo pastor presidente da IECLB e moderador do CMI, pode ser lido aqui.  

 


Autor(a): Portal Luteranos - IECLB
Âmbito: IECLB / Organismo: Conselho Mundial de Igrejas - CMI
ID: 2466
COMUNICAÇÃO
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