Mulheres têm Pré-Assembléia

13/02/2006

Cerca de 350 mulheres de todas as partes do mundo se reuniram no Salão de Atos da PUCRS, na preparação para a 9a Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas - CMI - de 14 a 23 de Fevereiro. No penúltimo dia do encontro feminino, elas se dividiram em grupos de irmãs, para relatar umas às outras seus problemas e suas expectativas de futuro; essas experiências serão levadas à Assembléia, como contribuição para a discussão de políticas para o bem-estar das mulheres.

Aruna Gnanadason (India), coordenadora do Programa de Mulheres e da equipe de Justiça e Paz e Integridade da Criação, do CMI, acredita na contribuição dessas reuniões pré-Assembléia, já que através delas as mulheres chegarão melhor preparadas para se fazerem ouvir nas reuniões oficiais.

Christina Winnischofer, secretária-geral da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, acredita que, por estarem em menor número na Assembléia, é mais difícil para as mulheres serem ouvidas; por isso, acha que as reuniões preparatórias são uma oportunidade para que a questão feminina chegue de forma mais clara e precisa à Assembléia. Christina ressalta que a reunião dá às mulheres condições de criar vínculos entre si, ao partilhar seus problemas e esperanças.

Perfecta Stokes, das Filipinas, membro do Comitê de Evangelismo da Catedral Nacional, pensa que esta Assembléia, ao destacar a participação feminina, garante à mulher o direito a uma participação plena, o que vai se refletir também nas suas chances de liderança.

O segundo dia da reunião das mulheres teve estudos bíblicos, momentos específicos de preparação, exibição do filme Contando nossas histórias, sobre a visão ecumênica de cinco mulheres de diferentes partes do mundo, e o lançamento do livro A Graça do Mundo Transforma Deus, uma paródia ao tema da Assembléia (Deus, em Tua Graça, Transforma o Mundo), escrito em Português e Inglês, com o qual os editores, Nancy Cardoso, Edla Eggert e André Musskopf, falam da necessidade de transformar um Deus que justifica injustiça social, violência entre irmãos/irmãs e fome, entre outras coisas.

Mulheres da Europa, Estados Unidos, Canadá, India, Grécia, diversos países da África, Japão, China, Filipinas, muitas com seus belíssimos e coloridos trajes típicos e seus penteados elegantes, formavam um espetáculo à parte e provocavam enternecimento pela convicção de que, na sua grande diversidade, são todas irmãs. A maioria usava ramos de flores na cabeça. As flores foram ofertadas pelas mulheres gaúchas, num gesto de saudação e acolhimento que, ao mesmo tempo, lembra a cultura local: mulheres aqui usam flores nos cabelos para as danças típicas do Rio Grande.
 

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