Papa apela ao perdão comum entre católicos e luteranos

Francisco acolheu representantes de Federação Mundial e recordou 500 anos da reforma protestante.

21/10/2013

O Papa Francisco recebeu esta segunda-feira, no Vaticano, representantes da Federação Luterana Mundial, aos quais disse que católicos e luteranos devem “pedir perdão” uns aos outros e empenhar-se no diálogo ecuménico.

“Católicos e luteranos podem pedir perdão pelo mal que causaram uns aos outros e pelas suas ofensas, cometidas à vista de Deus. Juntos, podemos regozijar-nos com o desejo de unidade que o Senhor despertou nos nossos corações e nos faz olhar com esperança para o futuro”, declarou.

A intervenção do Papa evocou o programa celebrativo comum que tem em vista assinalar os 500 anos da reforma protestante, em 2017. “Acredito que é importante para todos confrontar em diálogo a realidade história da reforma, as suas consequências e as respostas que lhe foram dadas”, declarou.

Francisco apelou a um caminho de “diálogo e comunhão”, face a todas as dificuldades e divergências, destacando a importância do “ecumenismo espiritual”.

“Este constitui, em certo sentido, a alma do nosso caminho para a plena comunhão e permite-nos saborear antecipadamente, desse já, alguns frutos, ainda que imperfeitos”, sublinhou.

O Papa assinalou ainda o 50º aniversário do diálogo teológico católico-luterano, cujo documento principal, até hoje, é a declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação (31 de Outubro de 1999).

Pediu que se enfrentem as “questões fundamentais” e as divergências que surgem “no campo antropológico e ético. É certo que não faltam as dificuldades e não faltarão, vão exigir ainda paciência, diálogo, compreensão recíproca, mas não tenhamos medo”, referiu.

Luteranos (75 milhões), calvinistas/presbiterianos (80 milhões) e anglicanos (77 milhões) são as principais comunidades das chamadas ‘Igrejas tradicionais’ provenientes da reforma, a que se juntam 60 milhões que se encontram ligadas ao metodismo.

A Comissão Católico-Luterana para a Unidade propôs um programa comum para assinalar os 500 anos da reforma, com o tema “Do conflito à comunhão”.

Fonte: Agência Ecclesia

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