Quem falou que Deus é cristão?

22/02/2006

“Quem falou que Deus é cristão? Nós não estamos levando a sério o fato de que Deus é universal.” - provocou Tutu, destacando que as boas novas são para todos e todas filhos de Deus e isto inclui Bush, Saddam, Bin Laden. “Não temos o monopólio sobre Deus – este é um ponto importante para a unidade.” – destacou Desmond Tutu falando em prol do combate a qualquer tipo de preconceito, o que justifica também a sua defesa da ordenação de homossexuais: “eu lutei contra o racismo e luto e lutarei sempre contra todo o castigo que é imposto a quem não fez nada, quem não escolheu, como agora a ciência está apontando. Ou os direitos são de fato universias, ou não são nada.”

O Bispo Anglicano e Nobel da Paz contou a plenária sua batalha contra o Apartheid, destacando a importância do engajamento mundial e do Conselho Mundial de Igrejas: “Esta vitória teria sido impossível sem o apoio da comunidade internacional. O CMI e as igrejas membro foram parceiros importantes e absolutamente comprometidos. Vocês foram maravilhosos no apoio que nos prestaram. Vocês criaram o Programa de Combate ao Racismo (Programme to Combat Racismo - PCR).”

Tutu também reforçou a contribuição do CMI ao criar espaços para o diálogo interreligioso. Neste campo o Bispo Anglicano frisou que é importante a segurança para avançar no diálogo, deixando de lado a insegurança e colocando em primeiro lugar o amor que Jesus pregou. “Não devemos gritar uns para os outros, mas conversar, e como o meu pai costumava dizer, não devemos levantar a voz, mas melhorar os nossos argumentos”

Com um carisma e humor marcantes, Tutu provocou os presentes afirmando: “Vocês se entregam muito rápido – Deus utiliza vocês, não deveriam ficar tanto tempo pedindo desculpas pelo que não é feito, quem disse que é fácil nossa missão?”

Também sob o norte da unidade cristã, colocando-a não como uma objetivo mas como uma necesidade, o Patriarca Anastácios destacou que as igrejas precisam estar atentas para não criarem o que, de acordo com ele, seria o segundo grande escândalo das igrejas - o isolamento. O primeiro grande escândalo das igrejas foi ignorar seu papel no combate à fome e à miséria; “Em um mundo globalizado, onde tudo está em contato, não podemos nós, enquanto igrejas, nos mantermos issolados” – destacou. Mesmo com idéias diferentes, o lider ortodoxo acrdita que é fundamental lutar em conjunto e no final poder dizer “Graças à Deus”. Neste sentido, o Conselho Mundial de Igrejas coloa-se como um fórum de amor e esperança, que possibilita este fortalecimento mútuo. “Evangelho é de amor e reconciliação. O consenso é continuar juntos, em diálogo”.
 

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