Orev. Samuel Kobia, secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas – CMI, disse ontem, em entrevista à Imprensa, que o abuso da liberdade de imprensa desvaloriza os próprios fundamentos da liberdade, que são o respeito e a responsabilidade. Respondendo à pergunta de um jornalista sobre as charges do profeta Maomé, consideradas ofensivas ao Islã, o rev. Kobia afirmou que as charges, sem dúvida, causaram o incêndio e que agora é preciso que os dois lados -–imprensa ocidental e membros do Islã – mais a comunidade internacional cooperem para apagar o fogo. É preciso lidar com a liberdade de uma forma respeitosa, disse o líder do CMI.
O Moderador do CMI, Sua Santidade Aram I, disse que a globalização tornou todos os povos vizinhos. Não somos mais estranhos – ele disse – precisamos viver como uma comunidade, aceitando nossas diferenças, sem impor nossos valores como normas sobre nossos vizinhos. O patriarca armênio lembrou que isso está no centro do diálogo inter-religioso.
O bispo Adriel de Souza, da Igreja Metodista do Brasil, disse que esta Assembléia do CMI, preconizando a globalização da vida e da justiça, será uma grande voz para o mundo, fortalecendo o ecumenismo, a tolerância e a união entre todas as igrejas, que passarão a ser, a partir de agora, o novo paradigma do mundo, ao invés da intolerância reinante até hoje.
Também participaram da coletiva de Imprensa o bispo Frederico Pagura, presidente do CMI para a América Latina, a sra. Agnes Abuon, presidente para a África e Nerissa Celestine, das Ilhas Ocidentais, que representava os jovens.
