Violência de gênero é pecado, afirmam luteranos

20/06/2013

 

O Conselho da Federação Luterana Mundial (FLM) aprovou, na terça-feira, 18, o documento Política de Justiça e de Gênero, elaborado pelo Comitê de Teologia e de Relações Ecumênicas, que afirma a igualdade de todos os seres humanos e conclama as igrejas membro para que incentivem a participação das mulheres na liderança e tomada de decisões no âmbito eclesial e na sociedade.

A justiça de gênero se expressa através da igualdade e no equilíbrio entre homens e mulheres nas relações de poder, a eliminação dos sistemas institucionais, culturais e interpessoais de privilégio e opressão que sustentam a discriminação, define o documento,

O enfoque teológico proposto nessa política baseia-se na justiça como um conceito fundamental que se nutre na noção bíblica e teológica luterana da justificação pela graça mediante a fé. O documento destaca a justiça como anúncio profético e o fundamento para garantir a dignidade de todas as pessoas.


O documento frisa que a participação das mulheres no ministério ordenado é um passo vital para a construção de uma comunhão inclusiva e informa que até o ano passado 82% das igrejas membros da FLM ordenavam mulheres, e que 18% não tinham adotado essa prática ainda.

Assinala que o tema da justiça de gênero tem amparo teológico e na tradição cristã, que pode ser interpretada como a afirmação da cooperação entre homens e mulheres. Admite, contudo, que essa concepção não é vivida de maneira plena no contexto familiar, eclesial e no espaço público.

As mulheres tendem a estar sobrecarregadas de responsabilidades domésticas, mas excluídas da liderança no ministério e não são alentadas a assumirem a liderança no âmbito público, diz a declaração.

O documento insta à quebra do silêncio sobre a violência de gênero. A opressão e a violência de gênero, por mais normativa, tradicional ou amplamente aceitas que sejam em diferentes contextos, são um crime e um pecado; a opressão e a violência de gênero estão em aberta contradição com o Evangelho, destaca o texto, que reconhece:

Em seus valores e práticas, a Igreja pode e deve dar o exemplo, demonstrando assim a coerência de suas ações com a sua pregação profética.  

Fonte - ALC
 

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Se reconhecemos as grandes e preciosas coisas que nos são dadas, logo se difunde, por meio do Espírito, em nossos corações, o amor, pelo qual agimos livres, alegres, onipotentes e vitoriosos sobre todas as tribulações, servos dos próximos e, assim mesmo, senhores de tudo.
Martim Lutero
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