Mãos doces e suaves, delicadas, mãos que acariciam um amigo, mãos de uma mulher em crescimento. Mãos médias e muitas vezes quentes, fortes, mãos que limpam as lágrimas da saudade. Mãos macias, carinhosas, mãos que partilham um bolo com o amigo, mãos de uma mulher que já foi criança um dia. Mãos decididas. Mãos que se dão. Mãos de amor. Mãos de Deus.

Mãos de uma sonhadora. Mãos que pintam, escrevem, criam, desenham, digitam. Mãos cansadas. Mãos a espera de algo que pode ou não acontecer. Mãos que querem carinho. Mãos que sustentam e abalam. Mãos que limitam e ampliam. Mãos que se abrem e mãos que se fecham. Mãos que afagam e mãos que agridem. Mãos que ferem e mãos que cuidam das feridas. Mãos que destroem e mãos que edificam. Mãos que batem e mãos que recebem as pancadas por outros. Mãos que apontam e guiam.

Mãos que são temidas ou desejadas e queridas. Mãos puras e mãos que carregam censuras. Mãos que escrevem para promover e mãos que escrevem para ferir. Mãos que pesam e mãos que aliviam. Mãos que operam e que curam e mãos que “amarguram”. Mãos que se apertam por amizade e mãos que se empurram por ódio. Mãos finas que provam dor e mãos rudes que espalham amor. Mãos que oram e imploram e mãos que devoram.

Mãos que manipulam coisas. Mãos que teclam. Mãos vaidosas. Mãos sujas de tinta. Mãos que riscam com o lápis e escrevem com a caneta. Mãos que usam diversas ferramentas, com verdadeiro equilíbrio. Mãos que se limpam com o pano. Mãos que se movimentam com rapidez.

Mãos que anseiam por carinho, trabalho, textura, toque, tinta, barro, grama, satisfação, desejando que o mundo possa ter mais mãos unidas em prol de algo que realmente vale à pena. 

Débora Ludwig - Estudante de Artes Visuais
Membro da Paróquia Centro