Sínodo Nordeste Gaúcho



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Meditação da semana

Uma decisão: Ir até o fim? Por que?

06/04/2023

“Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas
Escrituras Sagradas; ele foi sepultado e, no terceiro dia, foi ressuscitado,
como está escrito nas Escrituras” (1Co 15.3-4).


Numa sexta-feira, tudo havia se consumado. Um homem havia sido pregado numa cruz no meio de outros dois. Pregados estavam suas mãos e seus pés. Cansado da tortura, das chicotadas, do peso da cruz que carregava pelas ruas, grita: “Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste?” Só carregando sobre si uma carga que não era sua e morrendo a morte dos outros...
Condenado por quê? Por ensinar a viver de outra forma, por convidar pessoas a viverem junto a Deus, por pregar o amor e a esperança, por estar próximo das necessidades humanas, por amar as pessoas fracas, por abraçar os enfermos, por perdoar os pecadores, por acender a fé na vida dos desesperados, por não negociar com o poder corrupto e nem ceder diante da força brutal; por ser coerente com sua mensagem de um Reino de justiça, de paz e não violência.

Quando lembramos a história da paixão de Cristo, nos comovemos. Cada vez que dela nos aproximamos, nos estremece a fé e o amor de Deus é revelado em Jesus. Jesus morreu por nós, sem que o merecêssemos. Sua vida inteira foi uma entrega, sem pausa, para que pudéssemos estar perto de Deus. Porém foi um caminho tortuoso. No caminho do calvário, Jesus foi traído, abandonado e martirizado.

E Jesus entrega sua vida nas mãos de Deus. A morte de Jesus acendeu uma luz e rompeu a noite. Era o começo de um novo dia. Era chegada a hora. Não se podia deter o tempo. As trevas cobriram a terra às 3 horas da tarde. A cortina do templo é rasgada! Está consumado. Seus discípulos o abandonaram: um traiu por moedas de prata, outro o negou três vezes, os demais se esconderam... Acaso teríamos agido diferente? Quantas vezes temos negado ao nosso Senhor? Quão distantes estamos da cruz hoje em dia?

Diante da covardia dos que até então lhe tinham sido fiéis, vítima do complô do poder religioso e do poder político, tudo parecia ter sido esquecido: sua mensagem, seus gestos, seus milagres... Jesus finalmente chega à cruz. Tentam imobilizar as mãos que os ofereciam cura e carinho. Tentam parar os pés que caminhavam junto a Deus. Coroado com espinhos; suas mãos pregadas na madeira, seus pés feridos, seu corpo ensanguentado... Porém vivo o seu amor. Condenado à morte, se oferece por cada ser humano.

O que nós entendemos de tudo isso? Qual o delito de alguém que só buscava o bem e que só falava a verdade? Qual o delito daquele que dava vistas aos cegos, que fazia os surdos ouvir, que levantava os caídos e animava os cansados?
Era este o fim que anunciavas aos seus discípulos quando caminhavas com eles e os chamava de amigos? É este o Reino de Deus? Por que corremos todos? Por que nossa fé se enfraquece? Por que tantas vezes te deixamos só e te negamos? O que acontecerá agora, Jesus? Havia na cruz uma resposta? Havia ali alguma mensagem? “De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”.

Oração:
Deus de graça e amor: nos achegamos a ti com os corações entristecidos e envergonhados, por todo sofrimento pelo qual fizemos passar teu Filho. Ao mesmo tempo, soma-se o nosso sentimento de gratidão, pois através do escândalo da cruz, Tu nos presenteaste com a vida, com a reconciliação. Neste momento, pedimos: derrame teu Santo Espírito sobre nós e abre nossos corações para receber o que Tu, por meio de Cristo, vieste nos oferecer. Para que com os corações agradecidos, saibamos colocar em prática este amor em gestos que buscam a justiça em favor das outras pessoas. Amém.


Pastora Daniela Lamb
Paróquia Evangélica de Linha Pinheiro Machado
 


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Mal tenho começado a crer. Em coisas de fé, vou ter que ser aprendiz até morrer.
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Cristo, juntamente com todos os santos, assume a nossa forma pelo seu amor, luta ao nosso lado contra o pecado, a morte e todo o mal. Em consequência, inflamados de amor, nós assumimos a sua forma, confiamos em sua justiça, vida e bem-aventurança.
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