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Meditação da semana

A chuva rega, mas também inunda a terra

22/06/2023

A chuva e a neve caem do céu e não voltam até que tenham regado a terra. Assim também é a minha palavra, ela não volta para mim sem nada. (Isaías 55. 10a e 11a)

No Rio Grande do Sul, atravessamos momentos críticos nos últimos dias enfrentando a chuva, o vento e a cheia de diversos rios. Nos sentimos pequenos diante das dificuldades. O coração ficou apertado acompanhando os rios invadindo as ruas, casas, hospitais, escolas. Na nossa fragilidade, clamamos por socorro ao nosso Deus.

Permanecer firme na fé e na esperança em tempos de angústia e aflição é uma experiência que revela que a nossa força não vem da gente. Não é a minha inteligência, a minha sabedoria, a minha força interior que me sustenta, pois a realidade revela toda nossa fraqueza e impotência.

A força da natureza nos confronta com os nossos limites e coloca a vida em perigo de diferentes formas. Principalmente por que nós não temos respeitado a natureza. Ocupamos com as nossas cidades os leitos dos rios. Construímos em lugares que deveriam ser preservados. Como conviver com a natureza, respeitando determinados espaços, reconhecendo que não devem ser ocupados?

Temos que reconhecer que no desenvolvimento e crescimento das nossas cidades, ocupamos espaços que deveriam ser preservados, como os leitos dos rios e determinadas encostas de morro. O que moveu pessoas e famílias a ocuparem estes lugares?

A ocupação dos espaços urbanos deixou de observar os cuidados necessários com o meio ambiente. Muitas famílias ocuparam e invadiram áreas que não deveriam ser para moradia, mas o fizeram pela necessidade de ter um lugar onde morar. A falta de uma política de moradia fez com que a população mais pobre ocupasse áreas que hoje são invadidas pelas águas dos rios. Temos que reconhecer que muitas cidades cresceram de forma desordenada e sem planejamento.

Também temos que nos perguntar se os desastres naturais que acompanhamos são um evento da natureza ou são resultado da forma como realizamos o nosso desenvolvimento e progresso como sociedade. Poluímos, desmatamos, agredimos a natureza e agora sofremos as consequências do nosso chamado progresso?

Quando olhamos para as questões do clima, muitas pessoas atribuem a Deus o controle da chuva, do vento, dos fenômenos da natureza. Será que Deus é o responsável pelas chuvas que caíram e trouxeram tanta dor e sofrimento para determinadas pessoas e famílias?

Não creio num Deus que nos faz sofrer. Creio em Deus que ouve o nosso grito de socorro, vem ao nosso encontro e nos sustenta com amor. Creio em um Deus que desperta pessoas para solidariedade, para vivermos como irmãos e irmãs superando as dores deste mundo, construindo caminhos de esperança, justiça e paz.

Oração: Deus da graça e da paz. Muitas são as nossas dores e aflições. Vivemos dias de medo e insegurança, medo da doença, do desemprego, da fome, da chuva. Estamos cansados das situações que geram dor e sofrimento, por isso pedimos: dá-nos paciência e sabedoria para lidar com o sofrimento. Que não sejamos guiados pela pressa, ou por respostas simples e fáceis. Ensina-nos a reconhecer os nossos limites e a agir com prudência e amor para com a nossa vida, a vida do nosso semelhante e toda a criação. Livra-nos de toda insensibilidade e desperta em nós o amor que consola os que choram e é solidário para com os que sofrem. Deus da graça e da paz! Vem ao nosso encontro, cuida de nós e nos conduz por um caminho de vida e de esperança.
Amém.

P. Me. Eduardo Paulo Stauder
Pastor Sinodal

 


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