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Meditação da semana

Reforma: é momento de celebrar a unidade?

26/10/2023

Em 31 de outubro de 1517, Martim Lutero afixou, na porta da igreja da Universidade de Wittenberg, na Alemanha, 95 teses com o objetivo de debater o valor das indulgências. Promover um debate, este era o objetivo.

Na tese de número 1, diz: “Ao dizer: ‘Fazei penitência’, etc. (Mt 4.17), o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência”. Diante daquilo que Lutero considerava equivocado na Igreja da época, ele propõe um amplo debate a partir do que considera o verdadeiro tesouro da Igreja, colocado na tese de número 62: “O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus”. Em outras palavras, todo proceder na vida cristã está relacionado a um constante exame de si, também da Igreja e sua estrutura, (penitência) diante do Evangelho de Cristo. A história subsequente desse ato de Lutero, mesmo sem que essa fosse sua intenção, provocou a maior divisão no cristianismo do ocidente, com abrangências em diferentes dimensões da vida.

Se temos algo a comemorar do episódio “Reforma”, é precisamente a reflexão acerca do Senhorio de Cristo na Igreja. E essa deve ser a motivação para lembrar a Reforma. A história serve para nos ensinar. Nesse sentido, uma atitude “penitencial” cabe a todos nós, em especial nesses tempos de discurso de guerra, ódio, violência, discriminação e intolerância religiosa. Essas atitudes nada têm a ver com o ensino de Cristo. Colocar-se diante do Evangelho é confessar que ninguém pode ser considerado “dono da verdade”. Quem se diz unicamente possuidor da “verdade”, se torna arrogante e exclui quem pensa diferente. Por isso, ao celebrarmos a Reforma, somos convidados pelo próprio Cristo a um novo proceder de respeito, convivência e de construção de sinais da presença de Deus entre nós, obra do mais profundo amor divino pelo ser humano. O próprio Cristo nos deu a orientação: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros”. (João 13.34).

Oração: Senhor, Deus graça, envia a força do teu Santo Espírito para celebrarmos a Reforma, não como uma convicção de “donos da verdade”, mas de humilde atitude de respeito, compreensão e amor, ensino maior de Cristo, para um novo mundo de convivência, respeito e amor. Por Jesus Cristo, amém.

P. Me. Oscar Miguel Lehmann
Pastor na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Gramado

 


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